Cenário Animador- Revista Distribuição Dezembro 2015

EMPRESAS ATACADISTAS E DISTRIBUIDORAS ESPECIALIZADAS PROJETAM CRESCIMENTO EM 2016.

POR CRISTIANO ELOI

Custo, benefício e proposta de valor serão os focos dos Diefs – Distribuidores Especializados em Food Service para 2016. O grupo, composto por 13 atacadistas e distribuidores espalhados pelo Brasil, terá de enfrentar o conturbado ambiente econômico e político em que o País está mergulhado mostrando aos seus clientes, por exemplo, os donos de restaurantes e de padarias, de que maneira os produtos que eles comercializam rendem ou são potencialmente lucrativos e podem compor a receita oferecida ao consumidor final. “A parceria entre esses distribuidores e as indústrias terá de se intensificar, pois eles têm de explicar aos empresários de que maneira esses itens comercializados funcionam no prato, ou seja, saem cada vez mais da relação de preço e entram na de valor agregado ao produto. Em outras palavras, eles têm, essencialmente, de ajudar os empresários do mercado de alimentação fora do lar de alguma maneira, pois só o preço não fideliza; é necessário ajudá-los de alguma maneira”, diz Enzo Donna, consultor e diretor da ECD Consultoria em Food Service e coordenador do Grupo Diefs.

Prestar atenção

Além do benefício do serviço oferecido aos empresários, as empresas atacadistas e distribuidoras que atendem o mercado de alimentação fora do lar têm de prestar atenção ao seu custo de operação, ou seja, fazer mais por menos para que o setor, na média, apresente um incremento nominal de 7% a 9% em 2016, com uma taxa de inflação estimada em 6,5%. “É preciso voltar-se para dentro da operação para ver onde estão os excessos e cortar onde dá para cortar, assim como algo  que se ganha dentro da operação pode fazer com que haja alguma rentabilidade. O distribuidor tem muitas ineficiências. Um cliente de um distribuidor compra, em média, 13 SKUs por mês, mas isso não paga a conta. Ele tem de vender, no mínimo, de 32 SKUs a 40 SKUs por cliente, ele tem o dobro de SKUs, é o mesmo caminhão, o mesmo cliente, é a mesma cobrança, ou seja, é mais faturamento, é fazer mais com o mesmo. Temos espaço dentro das distribuidoras para conseguir crescer”, afirma.

Neste ano, os distribuidores especializados nesse mercado deverão ter uma retração real de 1%, ou um incremento nominal de 9% diante de uma taxa de inflação de 10% projetada pelo mercado. Do grupo, seis distribuidores cresceram e seis outros tiveram queda até o mês de outubro deste ano. Dos que cresceram, cresceram 8,2% em média. O que mais cresceu, cresceu 17%. A média dos seis que caíram foi de 4,8% e a maior queda foi de 8,96%. “Quem cresceu mais foi quem vendeu mais com a mesma equipe, transportando com o mesmo caminhão, ou seja, essas empresas focaram na produtividade. Quem não fez isso teve problemas neste ano”, diz o especialista.